Módulo 40. Nacionalismo: Unificação da Itália e Alemanha
Unificação Italiana
A unificação italiana foi o processo de união territorial que resultou no surgimento do Estado-nação da Itália na segunda metade do século XIX. Esse processo foi liderado pelo Reino de Piemonte-Sardenha que, nessa época, era governado pelo rei Vitor Emanuel II, da Casa de Saboia.
Itália no século XIX
Durante a primeira metade do século XIX, a Itália não existia como Estado-nação e a sua região era formada por uma série de pequenos reinos, muitos dos quais estavam sob o domínio dos austríacos. Os ideais nacionalistas fortaleceram-se durante o século XIX, especialmente a partir das revoluções liberais de 1848 que aconteceram em toda a Europa.
O fortalecimento desses ideais nacionalistas na região da Itália levou à formação de diferentes movimentos, que defendiam formas distintas de conduzir essa unificação territorial:
- Neoguelfos: liderados por Vincenzo Gioberti, defendiam a unificação da região sob a liderança do papado.
- Republicanos: liderados por Giuseppe Mazzini, defendiam a unificação sob a inspiração de ideais republicanos.
- Monarquistas: desejavam unificar a região sob a liderança da Casa de Saboia, constituindo um regime monárquico. Os grandes nomes desse grupo foram Vitor Emanuel II e Conde de Cavour.
Os movimentos de 1848 também incentivaram rebeliões encabeçadas por republicanos em diferentes partes da Itália. Uma dessas tentativas de tomar o poder foi conduzida por Giuseppe Mazzini, líder do grupo republicano Jovem Itália. Os movimentos republicanos, no entanto, fracassaram e acabaram enfraquecendo-se.
No ano seguinte, em 1849, Vitor Emanuel II assumiu como rei de Piemonte-Sardenha, logo após o seu pai ter fracassado em derrotar os austríacos que ocupavam reinos da região. Em 1852, Vitor Emanuel II nomeou Camilo Benso, o Conde de Cavour, como primeiro-ministro do reino e, juntos, lideraram a unificação italiana.
Unificação da Itália
A unificação italiana, ou Risorgimento (ressurgimento em português) como preferem os italianos, foi liderada pelo Reino de Piemonte-Sardenha. Primeiramente, o primeiro-ministro realizou um breve processo de modernização no reino. A respeito da unificação, Conde de Cavour sabia que obrigatoriamente deveria haver um enfrentamento contra a Áustria.
Para esse enfrentamento, ele procurou o apoio francês. Juntos, franceses e sardo-piemonteses lutaram contra os austríacos na Segunda Guerra de Independência Italiana, em 1859. Essa guerra, vencida pelo reino sardo-piemontês, permitiu-lhes anexar o Reino da Lombardia.
Com a derrota austríaca, outros reinos italianos rebelaram-se, expulsaram seus governantes austríacos e, após um plebiscito, também se anexaram ao Reino de Piemonte-Sardenha. O sucesso no confronto contra os austríacos garantiu ao rei Vitor Emanuel II o apoio de republicanos influentes como Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi.
Esse apoio republicano ao movimento de unificação de Piemonte aconteceu por causa do enfraquecimento dos republicanos após o fracasso de 1848. Com isso, Garibaldi conduziu uma rebelião no Reino das Duas Sicílias, no sul da Itália, e, depois de conquistar a região, entregou-a ao domínio de Piemonte.
Com o crescimento dos territórios conquistados, Vitor Emanuel II autodeclarou-se rei de toda a Itália em 1861. Os seguintes passos desse rei garantiram-lhe ainda o controle sobre a região de Vêneto, que tinha se aliado com os prussianos durante a Guerra Austro-prussiana de 1866. Por fim, a retirada das tropas francesas dos Estados Pontifícios por causa da Guerra Franco-prussiana permitiu os italianos invadirem e conquistarem a cidade de Roma.
A invasão dos Estados Pontifícios provocou a insatisfação da Igreja Católica, que não reconhecia a autoridade de Vitor Emanuel. Esse desentendimento somente foi solucionado em 1929, quando o Tratado de Latrão, assinado entre a Igreja e Benito Mussolini, possibilitou o surgimento do Estado do Vaticano. As últimas regiões foram anexadas ao território italiano após a Primeira Guerra Mundial, em 1919.
Unificação Alemã
A unificação alemã ocorreu sob a resistência das nações europeias que temiam a formação de uma grande potência com poderes para ditar a economia europeia. O processo ocorreu entre 1828 e 1888 após três guerras e uma política de alianças que culminou com a Primeira Guerra Mundial.
Em 1828, o que seria a futura Alemanha era uma formação de 38 estados que formavam a Confederação Germânica sob o domínio da Áustria. Para essa, era conveniente manter a fragmentação política germânica porque isso retardava o desenvolvimento e econômico, ainda predominantemente rural.
O cenário começa mudar em 1930, quando é criada a união aduaneira os estados alemães o Zollverein, sob a liderança da Prússia. O Zollverein permite a expansão industrial e exclui a Áustria, que se mantém contrária à unidade nacional.
A unificação alemã tem como principal indutor o fortalecimento do exército, que passa a ser modernizado pela liderança do general Von Moltke. As forças alemãs são beneficiadas pela união da alta burguesia e a aristocracia da Prússia, que controlavam o exército.
A aristocracia prussiana é denominada Junker e, a partir de 1862, nomeiam Otto von Bismarck chanceler da Prússia, cuja marca era a defesa do armamento e da guerra para chegar à unidade nacional.
Guerra dos Ducados
Com início em 1864, a Guerra dos Ducados foi a primeira batalha a iniciar o processo de unificação alemã. As tropas germânicas se uniram contra a Dinamarca que, desde 1815, administrava os ducados de Scheleswig-Holstein por decisão do Congresso de Viena.
Em 1863, a Dinamarca anexou os territórios, mesmo que habitados por população alemã, e Bismarck, com apoio da Áustria, conseguiu reaver os ducados para a Alemanha. Embora aliado da Áustria, o chanceler alemão usou de uma política preventiva para evitar compensações territoriais e costurou uma aliança com a França e a Itália.
Guerra Austro-Prussiana
Também conhecida como guerra de sete semanas, ocorreu em 1866 e teve a Alemanha como vencedora. Entre as consequências do conflito, esteve a assinatura do Tratado de Praga e a dissolução da Confederação Germânica.
Os germânicos tentaram anexar os Estados alemães do Sul, mas o imperador francês, Napoleão III, se opôs, ameaçou atacar a Prússia e deixou claro o temor em ver a Alemanha como a maior potência europeia.
Guerra Franco-prussiana
O conflito foi deflagrado em 1870, porque um ano antes, Napoleão III veta a candidatura do príncipe Leopoldo de Hohenzollern ao trono espanhol. A Prússia declarou guerra à França e venceu. Como resultado foi assinado o Tratado de Frankfurt, que permitiu à Alemanha anexar as províncias da Alsácia-Lorena, ricas em jazidas de ferro.
A França também recebeu uma elevada indenização de guerra e, ainda, a Alemanha anexou os estados do Sul, iniciando o II Reich. O primeiro Reich é definido como o período do Sacro Império Romano-germânico, iniciado na Idade Média. Já o terceiro Reich é marcado com a ascensão de Adolf Hitler ao poder.
Saiba mais sobre a Guerra Franco-Prussiana.
Consequências da Unificação da Alemanha
- Surgimento do império alemão;
- Rompimento do equilíbrio europeu vigente desde o Tratado de Versalhes;
- Aumento do revanchismo com a França;
- Revolução industrial alemã;
- Rivalidade com a Inglaterra em busca de mercados para escoar a produção;
- Promoção do isolamento da França;
- Surgimento da Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria e Itália), um dos polos da Primeira Guerra Mundial.
Fonte: https://historiadomundo.uol.com.br/idade-moderna/unificacao-italiana.htm
Fonte: https://www.todamateria.com.br/unificacao-alema/
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