Módulo 42. Primeira Grande Guerra
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi o resultado dos atritos permanentes provocados pelo imperialismo das grandes potências europeias.
A Grande Guerra, como era denominada antes de acontecer a Segunda Guerra Mundial, foi um conflito em escala global. Começou na Europa e envolveu os território coloniais.
Dois blocos enfrentaram-se: a Tríplice Aliança, formada pela Alemanha, Áustria e Itália, e a Tríplice Entente formada pela França, Inglaterra e Rússia.
A contenda envolveu 17 países dos cinco continentes como: Alemanha, Brasil, Áustria-Hungria, Estados Unidos, França, Império Britânico, Império Turco-Otomano, Itália, Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino da Romênia, Reino da Sérvia, Rússia, Austrália e China.
A guerra deixou 10 milhões de soldados mortos e outros 21 milhões ficaram feridos. Também 13 milhões de civis perderam a vida.
Causas da Primeira Guerra Mundial
Desde o final do século XIX o mundo vivia em tensão. O extraordinário crescimento industrial possibilitou a Corrida Armamentista, ou seja: a produção de armas numa quantidade jamais imaginada.
O expansionismo do Império Alemão e sua transformação na maior potência industrial da Europa fizeram brotar uma enorme desconfiança entre a Alemanha e França, Inglaterra e Rússia.
Antecedentes
Acrescentamos as antigas rivalidades entre França e Alemanha, Rússia e Alemanha, e Reino Unido e Alemanha. Também os desentendimentos quanto às questões de limite nas colônias gerados pela Conferência de Berlim (1880).
O antigermanismo francês se desenvolveu como consequência da Guerra Franco-Prussiana. A derrotada França foi obrigada a entregar aos alemães as regiões de Alsácia e Lorena, esta rica em minério de ferro.
A rivalidade russo-germânica foi causada pela pretensão alemã de construir uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá. Além de passar por regiões ricas em petróleo onde os russos pretendiam aumentar sua influência.
O antigermanismo inglês se explica pela concorrência industrial alemã. Às vésperas da guerra os produtos alemães concorriam em mercados que eram dominados pela Inglaterra.
Todas essas questões tornaram o conflito inevitável a medida que acirravam os choques de interesse econômico e político entre as potências industrializadas.
- A Questão Marroquina
Em 1904, a França e a Inglaterra haviam chegado a um acordo quanto a seus interesses no norte da África: a Inglaterra assumiria o controle do Egito em troca do apoio á França para dominar o Marrocos. No entanto, a Alemanha se sentiu prejudicada e estimulou a autonomia do território marroquino, embora sob sua infuência economica. O ponto culminante da crise ocorreu em 1905, quando o kaiser Guilherme II visitou a cidade de Tânger e prometeu proteção militar ao Marrocos, desde que o país praticasse o livre-comércio com todas as potências.
A Confererência de Algeciras, em 1906, resolveu temporariamente a questão, com a garantia de direitos aos alemães e franceses naquele território. Todavia, o foco de tensão continuou existindo, e novas crises foram desencadeadas em 1908 e 1911, mesmo depois que a França cedeu o congo francês à Alemanha, em troca de os alemães abandonarem suas pretensões em relação ao Marrocos.
- A Questão Balcânica
A crise doas Bálcãs tem suas origens na desagregação do Imperio Turco e no surgimento de novos países na região, como Sérvia, Grécia, Romênia e Bulgária. Já apontamos que, pelo pan-eslavismo, a Rússia entrava em choque com interesses austríacos. Os alemães, ao projetarem a ferrovia Berlim Bagdá, aproximavam-se dos turcos e ameaçavam a influência russa no Oriente Média, aumentando ainda mais as tensões na região.
Em 1912, uma aliança de países balcânicos declarou guerra contra o Império Turco, ocorrendo, todavia, uma disputa entre esses países sobre a partilha dos terrotórios conquistados. Em 1913, a Bulgária - com apoio austríaco - atacou a Sérvia, mas foi derrotada pela coligação desta com Montenegro, Romênia e Grécia. Disso se aproveitaram os povos da Bósnia-Herzegovina, que se rebelaram contra o domínio austríaco.
A Sérvia, com respaldo russo, apoiou então os movimentos nacionalistas eslavos dentro do Império Austríaco. Em 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do troco austríaco, viajou para a cidade de Saravejo, na Bósnia, onde iria anunciar a criação de uma monarquia, planejaram um atentado contra Ferdinando, por meio de uma organização secreta nacionalista, a Mão Negra, e, em 28 de junho de 1914, o estande sérvia Gravilo Princip assassinou a tiros o arquiduque e sua esposa.
Nacionalismos: Uma das influências para que este conflito acontecesse foram também os nacionalismos. Os nacionalismos que reinavam entre os países europeus eram o pan-eslavismo e o pan-germanismo. O primeiro atingia a Rússia e os países de origem eslava, e tinha como ideal promover a união desses países, enquanto o segundo desejava unir os países de origem germânica para formar um grande império. Também se fez presente a rivalidade entre os países Alemanha e Inglaterra.
Formação dos Blocos Militares
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha (a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O início da Primeira Guerra Mundial
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Esse duplo assassinato foi o pretexto para a explosão da Primeira Guerra Mundial que durou até 11 de novembro de 1918.
Etapas da Primeira Guerra Mundial
Primeira Fase (1914)
- Início da guerra com o assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-húngaro, em 28 de junho de 1914.
- Ocorrem várias declarações de guerra no mês de agosto de 1914: no começo do mês, a Alemanha declara guerra à Rússia e, logo após, à França. Em 4 de agosto, o Reino Unido declara guerra à Alemanha. Um dia depois, o Império Austro-Húngaro declara guerra à Rússia.
- Movimentação de tropas das Tríplices Entente (Reino Unido, França e Rússia) e Aliança (Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha) em diversos pontos do território europeu.
- Desenvolvimento de batalhas com equilíbrio entre os dois blocos militares.
- Países envolvidos no conflito passam a produzir armamentos bélicos em larga escala. Entre os principais armamentos, podemos citar: tanques, canhões, metralhadoras, carros blindados e lança-chamas.
- As mulheres foram muito usadas como mão-de-obra nas indústrias de armamentos.
Segunda Fase (de 1915 a 1916)
- Fase conhecida como guerra de trincheiras. Disputas de território com muitas mortes e militares feridos. Estas batalhas ocorriam, principalmente, em áreas rurais e pouco habitadas. As conquistas territoriais eram lentas e, também caracterizadas pelo equilíbrio entre os dois blocos.
- Logo após sair da Tríplice Aliança, a Itália entra, em maio de 1915, no bloco militar da Tríplice Entente, fortalecendo-o militarmente.
Terceira - Fase Final (1917 a 1918)
- Saída da Rússia da guerra, em 1917, após o evento da Revolução Russa.
- Entrada dos Estados Unidos, em abril de 1917, fortalecendo o bloco militar da Tríplice Entente. A entrada dos EUA é apontada, por muitos historiadores, como o fator decisivo para a vitória da Tríplice Entente.
- Em 1918, enfraquecidos, os países da Tríplice Aliança são derrotados. O Tratado de Paz é assinado em Paris, em 11 de novembro de 1918.
Consequências
Embora a Alemanha continuasse sofrendo sucessivas derrotas, seus aliados tivessem se rendido, o governo alemão continuava na guerra. Esfomeado e cansado, o povo alemão se revoltou e os soldados e operários forçaram o kaiser (imperador) a abdicar.
Formou-se um governo provisório e foi proclamada a República de Weimar. No dia 11 de novembro de 1918, o novo governo assinou a rendição alemã. A Primeira Guerra chegava ao fim, mas a paz geral só foi firmada em 1919, com a assinatura do Tratado de Versalhes.
As reações aos efeitos do tratado estão entre as principais consequências da Primeira Guerra Mundial.
Sendo assim, em 1939, pouco mais de 20 anos depois, provocaram a Segunda Guerra Mundial.
A Grande Guerra deixou profundas consequências para todo o mundo. Podemos destacar:
- redesenhou o mapa político da Europa e do Oriente Médio;
- marcou a queda do capitalismo liberal;
- motivou a criação da Liga das Nações;
- permitiu a ascensão econômica e política dos Estados Unidos.
Fonte: https://www.estudopratico.com.br/causas-da-primeira-guerra-mundial/
Fonte: https://www.todamateria.com.br/primeira-guerra-mundial/
Fonte: http://primeira-guerramundial.blogspot.com/2011/05/as-crises-anteriores-guerra.html
Fonte: https://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/
Fonte: https://www.suapesquisa.com/guerras/fases_primeira_guerra.htm
Comentários
Postar um comentário